O silogismo é um processo substancialmente dedutivo, porquanto extrai verdades particulares de verdades universais. Mas como são colhidas as verdades universais? Aristóteles nos fala de
a) “indução”
b) “intuição”
como de processos em certo sentido opostos ao processo silogístico, mas que, de qualquer forma, são pressupostos pelo próprio silogismo.
a) A indução é o procedimento através do qual do particular se extrai o universal. Apesar de, nos Analíticos, Aristóteles tentar mostrar que a própria indução pode ser tratada silogisticamente, essa tentativa permanece inteiramente isolada. E ele reconhece, ao contrário, simplesmente, que a indução não é um raciocínio, mas sim um “ser conduzido” do particular ao universal através de uma espécie de visão imediata ou de intuição, que a experiência toma possível. Em essência, a indução é o processo abstrativo.
b) A intuição, ao contrário, é a captação pura dos princípios primeiros por parte do intelecto. Assim, também Aristóteles (como Platão já havia feito, embora de modo diverso) admite uma intuição intelectiva: com efeito, a possibilidade do saber “mediato” pressupõe estruturalmente um saber “imediato”.